URGENTE: Sindicatos ligados ao PT e centrão estão envolvidos em escândalo no INSS

Escândalo de Fraudes no INSS: Vínculos Políticos e Implicações

URGENTE: Sindicatos ligados ao PT e centrão estão envolvidos em escândalo no INSS
Agentes da Polícia Federal (PF), em frente a prédio do INSS | Foto: Divulgação/PF

Recentemente, investigações revelaram um esquema de fraudes bilionárias nos pagamentos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), envolvendo entidades sindicais com vínculos políticos significativos. As duas principais organizações sob suspeita são a Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), associada ao centrão, e a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), historicamente ligada ao PT.

Conafer e o Escândalo

De acordo com fontes do INSS, a Conafer é a entidade mais ativa no escândalo. O principal elo entre a Conafer e o governo Lula foi André Fidelis, ex-diretor de benefícios do INSS, que foi exonerado em julho de 2024 após denúncias de fraudes relacionadas a descontos nos benefícios de aposentados. Fidelis firmou acordos com sindicatos para que prestassem serviços aos aposentados em troca de descontos, resultando em um aumento significativo no número de filiados e nas receitas da Conafer.

Diante das denúncias, o INSS estabeleceu um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Conafer para revisar os descontos. A operação, deflagrada pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pela Polícia Federal (PF) em 23 de abril de 2025, era considerada uma questão de tempo, com indícios de que o esquema existia há anos.


Contag e Suas Conexões

A Contag, por sua vez, tem laços históricos com o PT, sendo presidida por Aristides Veras, ex-vereador e vice-prefeito de Itabira (MG) pelo partido. O envolvimento da Contag no escândalo surpreendeu muitos servidores do INSS, que a consideravam uma entidade organizada e republicana.

Ambas as entidades utilizaram brechas na Medida Provisória (MP) 871/2019 para multiplicar os descontos associativos. Antes da MP, uma simples declaração sindical era suficiente para comprovar a aposentadoria rural, e essa declaração poderia ser revista posteriormente pelo próprio sindicato.


Consequências e Reações

O impacto financeiro das fraudes é alarmante, com cerca de seis milhões de aposentados e pensionistas sendo lesados, resultando em um prejuízo estimado de R$ 6,3 bilhões. A situação gerou insatisfação no Palácio do Planalto, especialmente com o aumento das filas no INSS e a necessidade de uma gestão mais eficaz.

A saída de Alessandro Stefanutto, presidente afastado do INSS, também foi uma consequência direta das investigações, refletindo a pressão sobre a administração do INSS e a necessidade de reformas profundas para restaurar a confiança pública.

Este escândalo destaca a complexa interseção entre política e administração pública no Brasil, levantando questões sobre a necessidade de maior transparência e responsabilidade nas operações do INSS e nas relações entre entidades sindicais e o governo.