Moraes Comete Ilegalidades em Caso do Réu do Relógio, Afirmam Juristas

O jurista André Marsiglia aponta que a decisão é ilegal e que a determinação de investigar o juiz responsável pela soltura é arbitrária e sem respaldo legal

Moraes Comete Ilegalidades em Caso do Réu do Relógio, Afirmam Juristas
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), é acusado de contrariar a jurisprudência pacífica da Corte ao revogar de ofício a prisão de Antonio Claudio Alves dos Reis, o homem que quebrou um relógio histórico durante os atos de 8 de janeiro. O jurista André Marsiglia aponta que a decisão é ilegal e que a determinação de investigar o juiz responsável pela soltura é arbitrária e sem respaldo legal.


A situação gira em torno da atuação do juiz de Minas Gerais que, segundo Marsiglia, agiu sem a autorização do STF ao conceder a soltura do réu, que deveria cumprir pena em regime fechado. A jurisprudência do STF estabelece que decisões favoráveis ao réu não podem ser alteradas sem um pedido do Ministério Público (MP) ou sem ouvir a parte ré.


Principais Pontos:

  1. Revogação de Prisão:

    • Moraes revogou a prisão de Antonio Claudio Alves dos Reis sem a devida justificativa legal, contrariando a jurisprudência do STF.
  2. Investigação do Juiz:

    • A determinação de Moraes para investigar o juiz que concedeu a soltura é considerada arbitrária, uma vez que ele não possui a função de corregedor.
  3. Jurisprudência do STF:

    • A jurisprudência pacífica do STF afirma que decisões favoráveis ao réu não podem ser modificadas sem a participação do MP ou sem ouvir o réu.
  4. Críticas à Decisão:

    • Marsiglia destaca que a atuação do juiz de Minas Gerais foi inadequada, mas a resposta de Moraes não se alinha com os procedimentos legais estabelecidos.

Conclusão:
As alegações de ilegalidades cometidas por Moraes no caso do réu do relógio levantam questões sérias sobre a atuação do judiciário e a necessidade de respeitar as normas legais. A situação continua a ser monitorada, e a repercussão pode impactar a confiança pública nas decisões do STF.