Aiatolá Iraniano Emite Sentença de Morte Contra Donald Trump
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O influente aiatolá Naser Makarem Shirazi, uma das figuras mais respeitadas do clero xiita iraniano, emitiu uma fatwa no dia 29 de junho, declarando que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, devem ser considerados mohareb — um termo que significa "inimigos de Deus" na jurisprudência islâmica e que, sob a Sharia, pode justificar a pena de morte.
Contexto da Fatwa:
Motivação:
- A declaração de Shirazi foi uma resposta a comentários recentes de Trump, que teria afirmado que poupou o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, de “uma morte feia e ignominiosa”.
- O ministro da Defesa de Israel também fez promessas de que Khamenei “pagaria pelos seus crimes”, o que foi interpretado como uma ameaça direta à autoridade espiritual do Irã.
Declaração do Aiatolá:
- Shirazi afirmou: “Ameaçar a vida do líder supremo ou dos marjas do Islã é uma ofensa religiosa das mais graves. É obrigatório confrontar tais inimigos e fazer com que se arrependam de suas palavras e erros.”
Implicações da Fatwa:
- A fatwa é um instrumento legal e teológico com peso jurídico considerável no regime teocrático iraniano.
- Sentenças desse tipo podem influenciar decisões judiciais, respaldar ações externas ou legitimar retaliações contra alvos específicos.
Contexto Histórico:
- A fatwa mais conhecida internacionalmente foi emitida em 1989 por Ruhollah Khomeini, fundador da República Islâmica, contra o escritor Salman Rushdie, acusado de blasfêmia. Esse caso resultou em anos de perseguição e culminou no esfaqueamento do autor em 2022.
Conclusão
Essa fatwa representa um aumento nas tensões diplomáticas e destaca a complexidade das relações entre o Irã e os Estados Unidos, além de Israel. A situação é preocupante e pode ter repercussões significativas no cenário internacional.